A tecnologia transformou a comunicação empresarial do e-mail para a Internet. Embora a comunicação escrita geralmente não precise mais de papel, uma elemento ainda permanece impresso, mesmo com suas versões digitais: o cartão de visita.
E embora pareça que seria mais vantajoso distribuir informações entre colegas pelo whatsapp, os cartões de visita continuam sendo a forma mais tradicional – e sempre lembrada – de se apresentar e deixar uma boa impressão.

A história dos cartões de visita
Os primeiros cartões de visita começaram a aparecer no século 17 na Europa, onde eram usados para anunciar a chegada iminente de pessoas prósperas ou aristocráticas à sua cidade local ou mesmo à sua casa.
Eles tinham o formato e o tamanho de uma carta de baralho e se tornaram uma marca da elite em meados do século. Com o tempo, os cartões tornaram-se gravados com ouro e fontes glamourosas e, no século 19, os cartões eram obrigatórios para qualquer pessoa, que fosse qualquer um nos círculos da classe média da época.
As casas tinham até bandejas de cartões, ornamentadas e luxuosas, feitas para que aqueles que visitassem sua casa pudessem deixar seus cartões dentro.
Século 19 – Uma nova forma de se apresentar

Nos séculos 18 e 19, esses “cartões sociais” eram deixados por cada senhora em sua primeira visita a uma casa.
As pessoas recebiam a bandeja de cartões na abertura da porta da porta e tinham que colocar seu cartão nela por uma questão de etiqueta.
Esse cartão era então entregue à dona da casa, que o examinava – de várias maneiras, criava a primeira impressão da pessoa.
Além da alta sociedade educada, os cartões de visita também eram usados no Reino Unido para fins comerciais.
Esses cartões eram entregues antes ou depois do trabalho e incluíam mapas para entrar em contato com a pessoa. Produzidas originalmente com prensas de madeira, elas teriam sido criadas com litografia após sua criação em 1830.
Cantos dobrados
Como os cartões eram deixados sobre bandejas ornamentadas, na entrada de uma casa, criou-se o costume de dobrar o canto dos cartões de visita para que, ao entregar ao senhor, este não tivesse dificuldade em levantá-lo e saber quem o esperava.*
*encontrei essa informação aqui: http://serapilheira.blogspot.com/2005_05_01_archive.html
Outros costumes e marcações
Com o tempo e o uso, outras adaptações foram surgindo: cartões dobrados ao meio indicavam que a chamada era para todos os membros da família. Também havia muitas vezes letras no cartão: P / F, para uma visita de parabéns ou P / C para um telefonema de condolências.
Formalidade
Os efeitos da revolução industrial criaram uma diminuição da formalidade no mundo.
A troca de informações de contato tornou-se essencial e o cartão de visita e o cartão comercial foram mesclados e distribuídos em ocasiões menos formais.
A classe alta ainda sentia aversão ao seu uso em ocasiões informais, porém eles se generalizaram nos Estados Unidos. O uso generalizado costumava indignar aristocratas quando um homem de negócios americano apresentava seu cartão de visitas em uma casa de classe alta no Reino Unido.
Tempos atuais
O tempo corroeu grande parte da etiqueta em relação aos cartões de visita, mas as regras persistem para os mais saudosistas e formais:
Os cartões não devem ser entregues à mão esquerda, nunca devem ser escritos e devem ser sempre traduzidos para o idioma do país específico em que estão sendo entregues no verso do cartão.
Eles nunca devem ser carregados soltos e sempre devem ser apresentados nas melhores condições.
Hoje em dia, os cartões de visita devem ter o nome do titular do cartão, seu cargo, a empresa, sua localização e informações de contato relevantes, como endereço, e-mail, telefone e qualquer outra coisa que você achar necessário adicionar.
Atualmente, colocamos também formas de interatividade nos cartões, como QR codes ou chips magnéticos e até pen drives embutidos.
Os cartões formais são geralmente impressos em tinta preta em papel branco, embora isso varie de acordo com o país.
Futuro dos cartões de visita

Com o aumento das oportunidades de trabalho globais, fazer negócios no exterior está se tornando mais normal.
Os cartões de visita não são apenas necessários em negócios internacionais em algumas culturas, mas também são usados cerimoniosamente. Na maioria dos países asiáticos, o cartão de visita é tratado com respeito.
Geralmente é apresentado com as duas mãos, nunca é jogado e deve ser colocado corretamente em um suporte depois de recebido – nunca colocado no bolso.
No Japão, a troca de cartões de visita é um ritual e considerada uma apresentação formal a uma pessoa.
Os negócios não podem começar até que os cartões de visita sejam trocados, pois isso significa o início de um relacionamento.
Na Índia, os cartões de visita são trocados mesmo em situações não comerciais e são sempre apresentados com a face para cima e o texto voltado para o destinatário. No Oriente Médio, o protocolo varia por país.
No Bahrein, por exemplo, nunca troque cartões de visita com a mão esquerda e certifique-se de olhar cuidadosamente para o cartão de visita recebido antes de guardá-lo.
Concluindo: o cartão de visita impresso ainda domina e continuará sendo usado por muito tempo

Em qualquer instância, seja um evento de networking ou em uma cafeteria, pode ocorrer a oportunidade de uma conexão comercial.
Não ter um cartão de visita em mãos pode resultar na perda de um cliente potencial. A troca de cartões de visita oferece a capacidade de acompanhamento, proporcionando um pé na porta para uma transação comercial.
Também permite um encontro pessoal entre duas partes, um elemento crucial para a criação de uma conexão comercial.
Hoje, como toda transação está se tornando digital e criptomoedas são consideradas um investimento potencial, os empresários que estão no comércio de bitcoins se apressam em criar cartões de visita inovadores feitos de metal para criar um impacto duradouro.
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Fontes de pesquisa:
https://www.designer-daily.com/a-history-of-business-cards-20266
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%A3o_de_visita
Liz Farrelli,Michael Dorrian – Business Cards _ The Art of Saying Hello-Laurence King Publishing Ltd (2004)